A
matemática segundo alguns registros arqueológicos é tanto um fator cultural quanto
parte da história do ser humano. A matemática muitas vezes pode estar
relacionada à arte, e sempre está relacionada à cultura, visto que, para chegar
a um resultado ou em uma fórmula é preciso que o criador esteja inserido em um
contexto que o faça querer pesquisar essa fórmula. Um artista que soube
combinar isso muito bem foi o holandês Maurits Cornelis Escher, que unia em
suas obras matemática, arte e cultura, como por exemplo, em sua obra
Metamorfose III, a matemática aparece nas bases geométricas que ele utiliza
para começar a dar forma a suas imagens, a cultura vem de todo o contexto uma
vez que cultura é o conjunto de hábitos e costumes são adquiridos pelo ser
humano em uma sociedade. Na obra, esse exemplo vem principalmente na parte em
que ele representa a cidade de Atrani na Itália, se essa cidade não fizesse
parte da cultura dele, ele poderia representa-la. E a arte é simplesmente o
conjunto das duas outras nesse contexto do Escher, visto que a matemática e a
cultura do artista tornou possível essa obra de arte.
O
potencial pedagógico da aprendizagem da matemática juntamente com a arte e a
cultura é muito bom, uma vantagem dessa aprendizagem é que abrange vários
alunos, no aprendizado comum, em que só a matemática é colocada no centro, só
aqueles que têm afinidade que se sentem a vontade durante a aula, visto que
para os outros não se torna interessante. Quando se incrementa a arte e a
cultura, um espaço maior é criado para aqueles que não se sentiam tão à
vontade, tendo em vista que eles começam a ver um sentido e uma aplicação para
aquilo que normalmente só veem em números, sem muita explicação prévia. Portanto
a abertura da matemática nesses pilares desperta interesse de alguns alunos
para o conteúdo.
Matemática
e Espaço vêm com um novo significado da matemática que somos apresentados
durante toda a vida escolar. Durante todo o tempo que passamos na escola,
estudamos matemática, mas nunca somos apresentados a uma utilização prática da
matéria, somente vemos fórmulas, as memorizamos, aplicamos ao exercício e
depois aprendemos novas fórmulas... Ao estudar a matemática no componente,
começamos pelo princípio, visualizando primeiro as dificuldades do problema e
pesquisando uma forma de resolvê-lo, e só depois de tudo isso a fórmula é
apresentada, baseada em nossas próprias conclusões do problema. Sem contar que
temos uma introdução a cada aula para vermos uma aplicação prática daquilo que
vamos estudar como, por exemplo, as sona, que logo aprendemos que os povos
africanos as utilizam para passar lendas e contos de uma geração para a outra.
Deste modo a matemática é ressignificada, aprendendo os motivos e as aplicações
daquilo que estudamos, e fazendo artes com as mesmas.
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